
http://www.youtube.com/watch?v=r4sDp_1brFg&feature=related
Fica claro que os dançarinos se reduzem a apenas corpo; a consciência e mesmo a emotividade deles estão muito distantes do palco. Para mensurar esta distância, é interessante citar a influência que um estudo sobre os movimentos que uma "galinha" realizava após ter sido decepada tem sobre a dança. Diante disso, surge a "perda do sentido da forma" que Giovanni Reale comentou em seu livro"O Saber dos Antigos - Terapia para os dias atuais". Para ele, a forma não passa de um reflexo do que o interior dos objetos reserva, ela não existe por si, não caminha por si, não tem significado se não o de refletir a verdadeira beleza. E lembra que, disso, Platão já tinha plena consciência quando escreveu que "a beleza física representa apenas o grau mais exterior e mais baixo da própria beleza. A verdadeira beleza é a interior (...) a verdadeira beleza, a divina, não está no cormpo mas na alma, e é esta que é realmente preciosa".
Mas não é só a arte que tem abandonado o sentido da forma, através do distanciamento das idéias aos objetos pela super valorização da abstração; mas também a própria visão de amor. Não que seja errado amar aquilo que é belo exteriormente; aliás, deve-se buscar essa qualidade pois ela também faz parte do que é plenamente belo, mas, justamente, quando amamos buscamos essa beleza completa, que parece ter sido esquecida. Basta assistir a uns 15 minutos de novela para se evidenciar isso.Para mim, a perda do sentido da forma na arte é apena a pontinha do iceberg do falso amar.Maiores informações sobre o Butoh:
Nenhum comentário:
Postar um comentário